Em setembro de 2.002, Bill Brennan, um caixa da banca de aposta em esportes do Cassino Stardust (que já foi inclusive demolido), saiu levando consigo mais de 500 mil dólares em dinheiro e fichas do cassino, dentro de uma mochila. Este é o maior roubo à um cassino de Las Vegas na história. Meste estando na lista dos mais procurados do FBI e aparecer no programa de TV “America’s Most Wanted”, ninguém nunca mais soube dele. Alguns acreditam que ele trabalhou junto com um cúmplice, que o matou para não dividir a bolada. Para a polícia entretanto, ele simplesmente fugiu do país.
Em outubro de 1994, Heather Tallchief, de 21 anos e um cúmplice, Roberto Solis, 48 anos, roubaram uma carro blindado com 2,5 milhões de dólares de uma empresa de transportes de valores que estava do lado de fora do hotel “Circur Circus”, também em Las Vegas. Os dois escaparam dos EUA via ilhas Cayman e St. Martin. Posteriormente Solis abandonou Tallchief com apenas mil dólares e um filho para criar. Em setembro de 2005 depois de quase doze anos foragida, Heather Tallchief se entregou à justiça. “Não vou mais fugir, já não agüento mais”, declarou ela à MSNBC. Foi sentenciada à 63 meses na prisão.
Em agosto de 2005, o Brasil viu seu maior roubo à banco. R$ 164 milhões foram roubados da sede do Banco Central do Brasil em Fortaleza, Ceará. A trama envolveu a construção de um túnel de 78 metros de comprimento que levava a um cofre onde estavam armazenadas cédulas usadas, e não passíveis de rastreamento. Em um final de semana, o piso de 1,1 metros de espessura de concreto reforçado foi quebrado e 3,5 toneladas em cédulas de R$ 50 levadas. Acredita-se que mais de vinte pessoas estavam envolvidas no planejamento e execução do roubo. Algumas pessoas foram presas em vinculação com este roubo, mas até agora, apenas R$ 20 milhões foram recuperados. Como o Banco Central do Brasil não fazia seguro para dinheiro que estivesse dentro de seus cofres, toda a perda caiu nas costas da “viúva”.
Em fevereiro de 1994, a famosa pintura de Edvard Munch, “O Grito”, foi levada de um museu em Oslo, Noruega. O roubo ocorreu na Galeria Nacional Norueguesa. Dois homens, uma escada, alguns cortadores de arame e 50 segundos, foi tudo que o que se precisou para afanar a mais famosa e valiosa pintura da Noruega. Alguns meses depois os ladrões ofereceram a pintura de volta e pediram um “resgate” de US$ 1 milhão de dólares. A oferta foi recusada, corretamente recusada. Uma operação policial recuperou a obra e prendeu os ladrões em maio de 1994. Em 1996, os ladrões foram condenados à 10 anos de prisão, e a obra devolvida aos seus legítimos donos. Mas a história não acaba aqui, em 2004, a obra foi novamente roubada, juntamente com a Madonna de Munch. Desta vez foi um roubo à mão armada no Museu Munch. Um radialista francês, testemunha do roubo, disse em entrevista à BBC que “As pinturas estavam presas às paredes por simples arames. Tudo o que eles precisaram fazer foi puxar com força para soltar. Foi o que vi um dos ladrões fazer”. Felizmente as pinturas foram novamente recuperadas, e em melhor condição do que se esperava.
Você assistiu ao filme “Os bons companheiros” (Goodfellas)? Bem, no filme, a personagem interpretada por Ray Lioota, Henry Hill, é responsável por um roubo de US$ 420.000,00 do terminal de cargas da Air France no aeroporto JFK, em Nova York no ano de 1967. E isso de fato ocorreu. Trabalhando com uma dica do supervisor de cargas Robert McMahon, a gangue usou uma mulher para seduzir o guarda de segurança e pegar uma cópia de sua chave da porta que separava os criminosos do dinheiro. As chaves foram substituídas sem que o segurança notasse. Hill e Tommy DeSimone (no filme interpretado por Joe Pesci) entraram no terminal, abriram a porta, e saíram levando consigo as sacolas, sem que nenhum alarme disparasse ou ao menos fossem interpelados por qualquer guarda. Este roubo levou ao roubo da Luftansa, que foi o maior roubo cometido em solo americano à época.
Em dezembro de 2006, um entregador de Santa Clara, Califórnia, pouco depois de carregar sua vam Mazda MPV com quase US$ 200.000,00 em microchips retirados do armazém de seu empregado, foi abalroado na traseira por uma van branca e sem marcas. Os motoristas desceram para ver os danos causados pela batida. Aproveitando a falta de atenção do motorista, um segundo homem que aguardava no local, entrou na Mazda e roubou o carro e sua valiosa carga de microchips.
Mas isso não é nada comparado com o bem orquestrado roubo de novembro de 2006 na Ilha de Penang, no estreito de Malacca (que é infestado de piratas). Dois traillers entraram no complexo MASKargo sob a desculpa que estavam ali para procurar por trabalhadores ilegais. Os oficiais de alfândega acreditaram. Uma vez dentro, 20 homens armados com facões tomaram de assalto todos os trabalhadores do local e os drogaram com clorofórmio. Os ladrões saíram levando 585 cartões (caixas) e 18 páletes de microchips e placas mãe, em um valor total de US$ 12 milhões!
Nem todo mundo rouba pinturas famosas, dinheiro ou microchips. De fato, algumas pessoas percorrem longas distâncias para por as mãos em itens de reputação duvidosa, apesar de valiosos. Em novembro de 2005, um fazendeiro de Smithburg, Maryland se aventurou pela Pensilvânia para visitar parentes. Quando ele voltou à fazenda, ele notou que um tanque de 35Kg, que continha o equivalente à US$ 75.000,00 em sêmen bovino fora aberto e 65 ampolas de esperma, de aproximadamente 50 touros haviam sumido. “O sêmen congelado de touros é um grande negócio porque economiza no transporte do touro até o local onde está a vaca, para que esta seja coberta, e eventualmente inseminada”, explica o Washington Post. “O sêmen congelado pode durar por vários anos, até mesmo mais que o touro que o produziu”.
O assalto ao depósito da Securitas em 2006 é o assalto mais lucrativo (para criminosos, que se diga) já ocorrido em solo britânico. Batendo por pouco o assalto ao Northern Band de Belfast, Irlanda, em 2004. O assalto à Securitas começou em 21 de fevereiro, quando o gerente do depósito, Colin Dixon, foi para casa. Se passando por policial, um dos ladrões seqüestrou Dixon, que foi algemado e levado para uma fazenda próxima, onde estavam sua mulher e seus filhos, que também haviam sido seqüestrados. Todos foram levados à sede da Securitas onde Dixon foi forçado à ajudar na entrada. Quatorzes empregados da empresa foram rendidos, e £53 milhões (cerca de US$ 92,5 milhões) foram carregados em um caminhão e lavados da empresa.
D.B Cooper é um dos mais notórios seqüestradores dos Estados Unidos, e é um que ainda está livre depois de 35 anos fugindo da justiça. Em 24 de novembro de 1971 – véspera do Dia de Ação de Graças, importante feriado americano – “Dan Cooper” seqüestrou o vôo 305 da Northwest Orient Airlines com uma maleta “bomba”. Ele entregou um bilhete á comissária de vôo dizendo “Eu tenho uma bomba em minha maleta, e vou usá-la se necessário. Eu quero que você sente-se próxima à mim. Você está sendo seqüestrada”. Com isso, a comissária alertou ao piloto que tentou transmitir a situação do seqüestro ao Aeroporto Internacional de Tacoma-Seattle. O piloto foi instruído pela torre controle à atender a demanda de Cooper: quatro pára-quedas e US$ 200.000,00 em dinheiro. Por que quatro pára-quedas? Alegadamente ele pediu três extras, para o piloto, co-piloto e comissária de vôo como uma forma de certificar-se de que eles não eram falsos. Os passageiros foram deixados no aeroporto de Seattle-Tacoma, em troca pelo dinheiro, e Cooper instruiu o piloto à seguir para o México. Nem mesmo os F-106 que seguiam o avião viram quando D.B. Cooper pulou próximo. Acredita-se que ele pousou tranquilamente próximo à Ariel, Washington.
O roubo ao Museu Isabella Gardner em 1990 foi chamado de “o maior roubo de arte da história”, e aqueles que o perpetraram, ainda hoje, 17 anos depois, não foram identificados. Apenas algumas horas após as festividades do Dia de St. Patrick em Boston, dois homens vestidos como policiais abordaram os guardas de segurança do museu, e os cumprimentaram. Quando os seguranças descobriram que os policiais eram falsos, já era tarde demais; os seguranças terminaram algemados e amordaçados. Foram então levados para o porão. Os ladrões retiraram 3 quadros de Rembrandt de suas molduras (que ainda permanecem penduras de vazias hoje) bem como a obra “O Concerto” de Johannes Vermeer, “Paisagem com um Obelisco” de Govert Flink e vários outras preciosas pinturas. As obras nunca foram encontradas, e o museu nunca foi reembolsado. Moral da história: certifique-se de que o seguro está em dia!
O maior roubo de banco da história? Às vésperas da primeira rodada da primeira onda de bombardeios à Bagdá em março de 2003, uma gangue arrombou o Banco Central do Iraque e levou em três carretas aproximadamente um bilhão de dólares. Mais da metade deste bilhão foi encontrada escondida nas paredes do palácio do ditador Saddam Hussein por tropas americanas, o resto parece desaparecido. Um pouco mais adiante na estrada, em Basra, Iraque, tropas britânicas frustraram outro grande assalto a banco. Em torno de 60 pessoas abriram caminho à bomba para entrar no Banco Nacional do Iraque à pela luz do dia, e explodiram também a porta do cofre. As grandes explosões atraíram as tropas britânicas, que acabaram com a festa.
Em agosto de 1963, quinze homens usando mascaras de ski, abordaram um trem do Real Correio Britanico, que ia de Glaslow à Londres, roubando 2.3 milhões de libras em notas usadas. Hoje, este valor equivaleria à algo em torno de 40 milhões de libras. Bruce Reynolds foi a mente por trás do assalto, depois de sua captura e posterior cumprimento de pena, passou à ser tratado como celebridade. Existem inúmeros livros, filmes e musicais em tributo e devotados à contar história do “Assalto ao trem pagador”, inclusive um estrelado por Phill Collins.
Mas o maior roubo da história da humanidade ainda está em andamento, e é aqui no Brasil. Segundo a Revista Época, em sua edição 473 do dia 11/06/2007, políticos ladrões (a maioria), em conluio com funcionários públicos corruptos e empresários desonestos roubam 20 bilhões de reais por ano. É como se o maior roubo à banco da história, ocorresse 10 vezes por ano, com o cruel detalhe, de sempre ser bem sucedido.