16 outubro 2012

As novelas brasileiras mais reprisadas no exterior

1. Da cor do pecado


Bem antes de fazer sucesso com Avenida Brasil, o escritor João Emanuel Carneiro já brilhou na telinha no horário das 19h. A novela Da Cor do Pecado, exibida em 2004, foi a novela das 7h com maior audiência da década de 2000. Mas a trama não conquistou apenas brasileiros. O romance entre Preta e Paco foi exibido em 100 países, sendo a novela brasileira mais reprisada no exterior de todos os tempos.

2. Terra Nostra
Quem não se lembra de Mateo e Giuliana? A história de amor entre o casal de imigrantes italianos que desembarcam no Brasil para trabalhar em fazendas de café na virada do século XIX e XX ganhou o mundo. A trama, exibida no Brasil em 1999, já foi reprisada em 95 países. Resta saber se em todos eles as pessoas entenderam o italiano falado no Projac. Capiche?

3. O Clone

Uma pitada de terras estrangeiras, amor proibido, ficção científica e drama familiar. A fórmula parece agradar noveleiros do mundo inteiro. Não é atoa que O Clone, escrita por Glória Perez em 2002, leva medalha de bronze no quesito exibições no exterior: Ao todo, 91 países acompanharam as idas e vindas das celebridades brasileiras ao Marrocos.

4. Caminho das Índias
Caminho das Índias, exibida no Brasil em 2009, pode ser considerada irmã mais nova de O Clone. Além das tramas compartilharem vários aspectos em comum, elas praticamente empatam quando o assunto é exibição no exterior. A obra de Glória Perez que desbrava o subcontinente indiano leva o quarto lugar, com 90 países.  A conquista não é sem sentido: a novela tinha alguns dos maiores nomes da Globo em seu elenco, como Tony Ramos e Lima Duarte.

5. Escrava Isaura

A Escrava Isaura pode até não ter ficado em primeiro lugar nessa lista, mas certamente ganha no quesito sucessos eternos. Exibida pela primeira vez em 1976, a trama adaptada do romance de Bernardo Guimarães por Gilberto Braga chegou a 79 países. Durante muitos anos, permaneceu em primeiro lugar nas vendas para o exterior, mas acabou perdendo  posições para  mais novas.

6. Laços de Família
Acha que está faltando uma novela do Manoel Carlos por aqui? Não falta mais. A Helena mais globalizada de todos os tempos foi interpretada por Vera Fisher, que teve que amargar a perda de um amor para a própria filha, Camila (Carolina Dieckman). E olha que esse amor era ninguém mais, ninguém menos que o Reinaldo Gianecchini. Laços de Família foi exibida no Brasil em 2000 e reprisada para 77 países.

7. Mulheres de Areia e Anjo Mau
Além de terem sido exibidas no horário das 18h e serem protagonizadas pela Glória Pires, as novelas Mulheres de Areia (1993) e Anjo Mau (1997) têm outra coisa em comum: ambas foram exibidas em 67 países e ocupam o 7º lugar dessa lista.

8. Sinhá Moça
Em 1986, o autor Benedito Ruy Barbosa resolveu repetir a parceria de sucesso de Escrava Isaura, exibida 10 anos antes. Lucélia Santos e Rubens de Falco brilharam mais uma vez em Sinhá Moça, que foi vendida para 60 países, e entraram para o Top 10 de novelas brasileiras que conquistaram corações estrangeiros.

9. Por Amor
Outra Helena que virou internacional. Mas, dessa vez, ela é interpretada pela Regina Duarte e é mãe da Maria Eduarda (Gabriela Duarte, que é filha da atriz na vida real).  A novela, escrita por Manoel Carlos em 1997, foi exibida em 56 países.

10. O Rei do Gado

A rixa entre os Mezenga e os Berdinazzi deixou as fazendas no interior de São Paulo para ganhar o mundo. A novela de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1996, foi vendida para 55 países e ocupa o 10º lugar entre as novelas mais reprisadas para o exterior.

Fonte: Guia Ilustrado TV Globo: Novelas e Minisséries (2010)

04 outubro 2012

7 produtos que mudaram de nome

1. Kolynos / Sorriso

O creme dental Kolynos, lançado em 1908 nos Estados Unidos, não demorou a chegar ao Brasil. Em 1917, já era importado para o país e, em 1929, uma fábrica brasileira produzia o creme que prometia o “frescor da natureza” no hálito e no sorriso. O sucesso fez com que a Colgate-Palmolive investisse pesado no mercado brasileiro depois de englobar a marca, fusão que motivou a mudança do nome do creme dental: em 1997, ele passou a se chamar Sorriso, mantendo as mesmas cores de sua versão original. Mas a ligação do público com a marca era tão forte que a Kolynos só perdeu o posto de primeira colocada no Top of Mind (pesquisa que elege as marcas mais lembradas pelos consumidores) em 2003. E sabe qual marca ficou em 1º? Sorriso!


2. Yopa / Sorvetes Nestlé
Não faz muito tempo que os sorvetes Yopa lotavam as geladeiras – as do supermercado e a da sua casa, possivelmente. A marca, que era propriedade da Nestlé desde 1972, esteve nas prateleiras até o ano 2000, quando a empresa resolveu suprimir a marca. A partir daí, ela passou a vender seus gelados com o nome de Sorvetes Nestlé.







3. Biscoitos São Luiz / Biscoitos Nestlé

“É hora do lanche, que hora tão feliz, todos comendo caquinha de nariz Biscoitos São Luiz”… O famoso jingle, cantado e parodiado, remete à icônica marca de bolachas que já foi o lanche favorito das crianças. Em 1967, a empresa brasileira foi adquirida pela Nestlé, que adentrou assim no mercado de biscoitos. “É São Luiz, é Nestlé”, dizia o slogan que anunciava produtos como a bolacha Divertidos, precursora do Passatempo, e os queridos biscoitos recheados de chocolate e morango que deram origem ao Bono. O nome São Luiz foi abandonado em 2000, e os fãs mais fervorosos garantem que um pouco do sabor também foi junto.


4. Hotmail / Outlook

Já faz um tempo que a marca Hotmail, da Microsoft, está um pouco ~desgastada~. Para tornar o produto competitivo novamente, a empresa optou por uma mudança radical: deu adeus ao velho nome e apresentou aos usuários uma plataforma reformulada em julho deste ano. Há quem veja com certa incredulidade a mudança, já que a Microsoft resolveu adotar o nome de seu velho gerenciador de e-mails, o Outlook Express, para o novo serviço. Porém, além da roupa nova, o e-mail ganhou novas funcionalidades que buscam colocar o cansado Hotmail de volta na briga com o GMail. Será?


5. OpenOffice / LibreOffice

OpenOffice, BrOffice, LibreOffice. Você fica confuso quando vai procurar um programa de edição de texto gratuito que substitua o Microsoft Word? Saiba que a diferença entre os três citados neste texto é uma questão de nomenclatura. O OpenOffice.org, conjunto de aplicativos livres e multiplataforma, surgiu como uma alternativa aos softwares da gigante Microsoft em 2002, e deu origem ao BrOffice, versão brasileira do programa.
Em 2010, a Sun Microsystems, empresa responsável pelo OpenOffice.org, foi comprada pela corporação multinacional Oracle. Depois de uma série de conflitos internos, alguns desenvolvedores do programa decidiram abandonar o barco e fundar a The Document Foundation. Na nova empresa, eles criaram um novo programa de edição de texto bem parecido com o OpenOffice.org original. O problema é que este nome já era propriedade da Oracle desde que ela comprou a Sun Microsystems. Para evitar problemas, o pessoal da The Document Foundation batizou o novo software de LibreOffice. Ele também tem uma versão brasileira.

6. Fusca / Beetle / Fusca

Ícone cultural e automobilístico mundial, o Fusca começou a ser importado para o Brasil em 1950. O clássico besouro da Volkswagen foi produzido no país até a década de 1990, se mantendo fiel ao estilo e às formas que o tornaram inesquecível.
Em 1998, veio a novidade: começou a ser produzido o New Beetle, nova geração do carro que abandonou o popular nome em solo brasileiro. Em setembro deste ano, a montadora anunciou que o modelo da nova geração do automóvel volta a adotar o nome Fusca e passará a ser comercializado em novembro no país.
 
7. Lollo / Milkybar / Lollo

Lollo, o “chocolate fofinho da Nestlé”, deixou milhares de chocólatras órfãos no Brasil em 1992, quando foi retirado das prateleiras. Mas a barra estampada com uma vaquinha sorridente, febre nos anos 1980, não desapareceu totalmente. Em seu lugar, passou a ser comercializado o Milkybar, uma versão rebatizada do doce e integrante da caixa de bombons “Especialidades”.
Em 2012, duas décadas após a polêmica mudança de nome motivada por um alinhamento internacional da marca, o chocolate com recheio maltado original está de volta: a Nestlé Brasil anunciou que o Lollo voltará a ser vendido. E, para a alegria dos mais saudosistas, retomará a sua clássica embalagem oitentista.

Bônus: Chocolates são grandes protagonistas de mudanças de nome: Kri, o chocolate do barulho, é o antigo nome do Crunch, rebatizado em 1992; já o Shot, da Lacta, nasceu em 1983 como Krot, e foi renomeado em 2003.

Fonte: editora abril
 Por Jessica Soares

02 outubro 2012

Coisas do seu dia-a-dia que são proibidas em países islâmicos radicais

1. Acessar a internet livremente

Você que passa horas navegando na web e adora falar mal do governo pelo Facebook, jogue as mãos para o céu e agradeça por morar no Brasil. Durante o regime de Hosni Mubarak, o Egito não censurou diretamente a internet, mas manteve seus principais blogueiros e críticos do governo sob constante vigia. Mubarak caiu, mas a prática continua. Pessoas têm sido perseguidas, ameaçadas e até presas por criticar os rumos do país na web, segundo um relatório do Reporters Without Boarders de março de 2012.
Outro país com restrições é o Irã. No começo do ano, quando a Revolução Islâmica completou 33 anos, o acesso a contas de e-mail e redes sociais foi cortado. Havia boatos de que protestos contra o governo estavam sendo organizados na época. No dia 25 de setembro, vários jornais internacionais divulgaram que o país parece já ter as bases técnicas para criar uma rede online nacional. Os iranianos teriam, então, sua própria rede de internet, separada da web que o resto do mundo usa. E isso, obviamente, só aumentaria o controle sobre as informações que podem ser acessadas no país. 

2. Beber cerveja
Várias passagens do Alcorão afirmam que todos os produtos intoxicantes são proibidos. Por isso, países como Líbia, Irã, Paquistão e Arábia Saudita tornaram as bebidas alcoólicas ilegais. Na Arábia Saudita, você só conseguirá consumir álcool se for um diplomata estrangeiro. Ou se arranjar uma garrafa com um contrabandista. Há décadas, os líbios só conseguem beber cerveja ou vinho assim: comprando no mercado negro. E no Irã, onde o mais comum é produzir a própria cerveja em casa, a punição para quem é pego bebendo não é nada leve: são 80 chicotadas. 
 PUTZ TODO FINAL DE SEMANA IA LEVA 80 CHICOTADAS KKKK

3. Namorar
Muçulmanos não podem ter nenhum tipo de intimidade com pessoas do sexo oposto de fora da família antes do casamento. Nada de tirar um tempo para conhecer melhor o pretendente, nada de criar intimidade antes do casório. A escolha do marido ou esposa segue o padrão do Islã: é a família quem decide, depois de muito planejamento e ponderação, sem estar sob o efeito da agitação dos hormônios dos jovens.
Apesar de “mortes por honra” serem ilegais na Arábia Saudita, quase não há condenação a esse tipo de assassinato. No Paquistão, as coisas melhoram um pouco: sexo fora do casamento não é mais punido com a morte, mas com uma prisão de até 5 anos. No Irã, uma pessoa solteira que fizer sexo pode levar 100 chicotadas.

4. Dirigir carros (se for mulher)
Em setembro de 2011, as mulheres da Arábia Saudita conquistaram um direito básico: o de poder votar e concorrer às eleições locais pela primeira vez. Não que a gente possa se gabar. Mulheres brasileiras só puderam votar em 1932. Agora, as sauditas tentam quebrar outra barreira para sua independência: poder dirigir um automóvel.
No ano passado, Manal al-Sharif, de 32 anos, foi presa apenas por ter divulgado um vídeo em que dirigia. Outra mulher, identificada apenas como Shema, foi condenada a 10 chicotadas por ter desrespeitado a ordem de não dirigir. Essa restrição é feita pelos religiosos muçulmanos. E o mais chocante é que não existe uma lei escrita que proíba a ação no país. Mesmo assim, as punições contra quem descumpre a regra são feitas de forma oficial, como a prisão de Manal.


5. Viajar desacompanhada (se for mulher)
Nos Emirados Árabes, um país mais liberal, as mulheres podem dirigir. A proibição fica por conta das passageiras. Uma moça só pode pegar um táxi sozinha em Dubai se outra estiver ao volante. Na Arábia Saudita, as mulheres sofrem diversas restrições: não podem escolher as próprias roupas, não têm direito sobre o próprio corpo e não podem viajar sem a permissão do marido ou pai. Esta última regra é tão rígida que está afetando até estrangeiras que chegam ao país. Quase mil peregrinas muçulmanas vindas da Nigéria foram detidas esta semana pelas autoridades sauditas por estarem sem acompanhantes. As mulheres, que tinham como destino a cidade de Meca, estão sendo ameaçadas de deportação.

6. Raspar a barba
Se você é do tipo que reclama sempre que tem que fazer a barba, pense duas vezes na próxima vez. Em alguns países islâmicos, a prática é reprovada e pode gerar até perseguições religiosas. Segundo algumas interpretações do Alcorão, o ato de raspar a barba é pecado. No Egito, religiosos muçulmanos que seguem essa linha estão em uma campanha informal para convencer os barbeiros a deixar de oferecer o serviço. O barbeiro Bahaa Shaaba contou ao site Egypt Independent que seu estabelecimento foi invadido por homens que lhe acusaram de pecador e disseram que ele pagaria por isso no dia do julgamento.
Depilar o rosto ou arrancar os pelos que estão sobrando também não é de bom tom. Mas, se depender de alguns barbeiros, a prática deve continuar. “Para ser honesto, ficamos com medo de ir para o inferno e paramos de barbear as pessoas durante uma semana. Então, percebemos que íamos falir, e voltamos a fazer o serviço”, disse Shaaban.
7. Ler o livro que você quiser
“A imprensa é livre para expressar sua opinião, desde que ela não seja contra a fundação do Islã ou dos direitos das pessoas, e a lei vai explicar os detalhes”. Esse é o artigo 24 da Constituição da República Islâmica do Irã. Na prática, esses detalhes proíbem, entre outras coisas, qualquer obra que crie uma atmosfera de perda dos valores nacionais ou de valorização da cultura ocidental.
Você já sabe o que aconteceu depois: diversos livros foram banidos do Irã. Entre eles, alguns best-sellers, como “O Código da Vinci”, de Dan Brown, e algumas publicações políticas importantes como “O Contrato Social”, de Jean-Jacques Rousseau. Além disso, escritores conceituados, como Gabriel García Márquez e seu livro “Memória de Minhas Putas Tristes”, estão banidos. Ah, “O Zahir”, do brasileiro Paulo Coelho também está na lista dos proibidos.

8. Ser gay, lésbica ou bissexual
Mesmo com todo o preconceito que ainda existe com os homossexuais no mundo ocidental, ainda estamos na frente de muitos países islâmicos neste tema. O Islã deixa sua posição sobre o assunto bem clara: a homossexualidade é proibida.  As explicações variam. Alguns afirmam que isso distorce a ordem natural na qual Deus criou os seres humanos. Outros dizem que isso leva à destruição da família e da instituição do casamento. As duas justificativas se parecem bastante com o argumento dos religiosos cristãos contra os gays. Mas pode ser pior.
No Líbano, onde a homossexualidade é ilegal, 36 homens foram presos e torturados porque estavam em um cinema pornô-gay no começo de agosto.  No Afeganistão, a orientação sexual também dá cadeia. Sudão e Arábia Saudita têm pena de morte para a os gays. Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, onde também há a pena de morte nesses casos, declarou em entrevista a CNN nesta semana que a homossexualidade é “um comportamento muito desagradável” proibido por “todos os profetas de todas as religiões e todas as fés”.

FONTE: EDITORA ABRIL